24/10/02

veementemente bobo - p/ vitor

sou o bobo da corte, sou amante do rei
sanidade estraviada, onde a reencontrarei
vago saltitante e desavisado pelo reino de vitália
enquanto o rei me trai com um cavaleiro, aquele canalha

ah, se a rainha fosse avisada disso!
mesmo sabendo só parte do fato, no rei ela daria sumiço
e comigo casaria, pois dessa província sou o mais homem
e ela moça, na mais tenra idade, necessita de quem controle as lascívias que consomem

entrei nos aposentos reais sem bater, desafortúnio tamanho
descobri ser eu o ser mais monogâmico deste rebanho
estava sua majestade a fazer festa em sua banheira
acompanhada de sua aia e da mais bela cozinheira

tendo sabido da impossibilidade de com a rainha ter relacionamento
vou atrás do cavaleiro cara de pau que roubou meu rei, larápio lazarento
não quero vingança, mas mostra de seus dotes
tenho fetiche pelos fortes e repudio aos fracotes

encontrei-o e foi decepção. um exemplar de moleque, sem graça
só pelo mais pobre plebeu, com decência, ele se passa
de pau não é só sua cara, é também seu cavalo
como pôde o rei trocar-me por ele?! equivalente vassalo

com a honra ferida, proponho-lhe um duelo até a morte
um golpe... mas que falta de sorte!
bobo que sou erro o alvo, me desequilibro e caio
o cavaleiro fajuto, com medo, lança-me o cavalo, e eu desmaio

não lembro de ter acordado, então acho que morri
não fui ruim o bastante e puseram-me com os santos. no começo eu ri...
mas quando mamãe dizia "não faz isso. papai do céu não gosta"...
era verdade. e não há punição pior que esta bosta

</codeína nikélika>

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tbm conhecido como "o bobo e o cavalo de pau"

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