18:30 - 4/8/2

dragão verde

a rosa, tadinha, está tão murcha
e murcha estou eu, de tanto esperar
qse não pude dormir, com o peito a apertar

as pontas dos dedos geladas, suadas
esperando fico em silêncio, petrificada
e leio millôr, e resolvo questões, atarefada

amperagem absurda, estou por um fio
mal sabem as pessoas normais da rua
mal sabem elas a dureza de ñ ver a lua

estais perto, senhorita, e penso em coisas
pior mesmo é pensar em outra, mas quê faço?
é tão recente e meu corpo treme, lembrando o abraço

longe de mim - valha-me zeus - magoar teus sentimentos
se os tem já afetados, talvez minha culpa, ou não
minha querida, se te ferir futuramente, desde já peço perdão

não imaginas o quanto me fizeste o bem
mas tudo muito bom, a certeza o fim desenha
do nosso caso, a longo prazo, em poesia farei resenha

divido-me entre incerteza; a distância que me atormenta
e o agora; teus lábios, mãos, carinho infindo
sabes tocar delicadamente, tão facilmente me tens sorrindo

deixarei eu que tentes me ter
ou recuarei; sabendo perder, o que procurei
funções cognitivas falhas, mas ñ é só, eu bem sei

ansiosa por ver-te, impacientemente aguardo
chegarás logo?.. de amores virá tua enfermidade
a calma admira-se com relativas verdades

</codeína nikélika>

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